O bioma exclusivamente brasileiro, a Caatinga, possui uma sazonalidade baseada em média de oito meses de seca e quatro com pouca chuva. Quando aliamos essa sazonalidade climática com os tipos de solos presentes, percebemos que são dois fatores determinantes para definir e delimitar a macrofauna edáfica caatingueira. Com o intuito de compreender melhor como esses dois fatores atuam nessas comunidades, foi realizada uma revisão bibliográfica, utilizando o Google Scholar no mês de agosto de 2020 com as seguintes palavras-chaves: caatinga, macrofauna edáfica, sazonalidade, tipos de solo, por fim, foi usado como critério para seleção de artigos, era ter sido produzido nos últimos 15 anos, não ter sido realizado em locais de manejo, agricultura ou pecuária e longe da influência de cidades, focando principalmente nos que tinham tanto análise da estação climática seca/chuvosa e do tipo de solo. Ao final da pesquisa criteriosa, obteve-se um total de vinte artigos científicos. Após a leitura e análise desses artigos, verificamos que são encontradas, em média, 24 ordens de invertebrados na macrofauna edáfica da Caatinga, considerando as duas estações climáticas, chuvosa e seca. Em praticamente todos os artigos, o grupo que mais se destacou em abundância durante ambas as estações climáticas, foi a família Formicidea da ordem Hymenoptera, porém na estação chuvosa as ordens Isoptera, Gastropoda, Oligochaeta tiveram uma ascensão em número, chegando a diminuir a diferença numérica entre elas três em comparação a anterior. A sazonalidade climática influenciou diretamente na ocorrência dos grupos, uma vez que nas duas estações climáticas, foram constatados em média 14 ordens e 10 especificamente na estação chuvosa, demonstrando que a chuva afeta positivamente a presença de grupos no solo. Com a revisão realizada foi possível observar também que o solo atua diretamente sobre as comunidades edáficas, principalmente os latossolos e luvissolos, que apresentaram de forma geral, ordens com maior abundância. Porém, na estação chuvosa os argissolos foram os que mais se destacaram, já que não só apresentaram a maioria riqueza dos grupos que só apareciam exclusivamente na época chuvosa, como também a maior abundância de grupos que se destacavam na estação seca em comparação com os outros dois tipos de solos citados. Por outro lado, os neossolos foram os menos representativos em abundância e riqueza de grupos em ambas as estações.
Comissão Organizadora
Thaiseany de Freitas Rêgo
RUI SALES JUNIOR
Comissão Científica
RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
LUCIANA ANGELICA DA SILVA NUNES
FRANCISCO MARLON CARNEIRO FEIJO
Osvaldo Nogueira de Sousa Neto
Patrício de Alencar Silva
Reginaldo Gomes Nobre
Tania Luna Laura
Tamms Maria da Conceição Morais Campos
Trícia Caroline da Silva Santana Ramalho
Kátia Peres Gramacho
Daniela Faria Florencio
Rafael Oliveira Batista
walter martins rodrigues
Aline Lidiane Batista de Amorim
Lidianne Leal Rocha
Thaiseany de Freitas Rêgo
Ana Maria Bezerra Lucas